segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Estar no limbo

Sinto-me na obrigação de esclarecer o que é 'estar no limbo'. Pois há alguns meses tenho dito isso a algumas pessoas queridas. Para mim, esse sentimento é aquele que vivenciamos quando não encontramos o nosso lugar. É quando não nos encontramos em canto algum. Não se trata de se sentir deprimido, mas de sentir que aquele chão que pisávamos com tanta certeza já não é tão firme assim.
Considero esse momento muito especial e de grande transformação. É o momento em que aquelas verdades de anos passam a ser questionadas. Aquelas crenças antigas já não fazem mais sentido. É um momento de mudança, muita mudança. Mas mudar é sempre bom. Porém, sempre causa alguns desconfortos.



Eu mudei!
Mudei de emprego.
Mudei de casa.
Mudei de área acadêmica.
E mudei de amor ou, pelo menos, como enxergar o amor.
Hoje, quero um amor que permita que eu testemunhe a sua vida e que deseje testemunhar a minha vida, mas sem a necessidade de escrever uma única história. Quero duas histórias que se cruzam em algum momento, mas que, cada qual, tenha os seus personagens próprios.
E essa constatação vale para todas as relações que vivo, seja de amizade ou famíliar.
As pessoas são únicas e devem ser respeitadas e aceitas como são. Esse pensamento me faz lembrar de um antigo professor de Filosofia, na época da faculdade de Comunicação. Um dia, eu estava questionando o comportamento de um namoradinho e dizendo que eu não o entendi. Sabiamente, esse mestre me disse: "Teca, as pessoas não foram feitas para serem entendidas, mas para serem amadas e aceitas simplesmente".
Bom, pessoal... por hoje é só.

(escrito em 24/11/08)

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