domingo, 24 de junho de 2012

Aventuras, loucuras, liberdade, sem destino..... SIMPLESMENTE VIVER!

.... parece que foi ontem. Mas lá se vão uns 30 anos!
Hoje, após dois episódios diferentes na semana, o primeiro deles que vem acontecendo há mais de um ano, após o reencontro com uma das pessoas mais interessantes e sensíveis que eu tenho o prazer de chamar de "meu amigo" e ser chamada de "minha amiga"; e outro com uma pessoa que pouco conheço, mas que me enviou uma série de emails que, no final, me fizeram refletir sobre o momento atual em que estamos vivendo.

Momento esse, que mais afasta as pessoas do que as une.
Momento esse, que exige tanto das pessoas, que elas se esquecem que são pessoas.
Momento esse, que me deixa profundamente triste.
E então, hoje, acordei com uma saudade danada de um outro momento.
Um momento em que eu não me preocupava com absolutamente nada; vivia sem pensar no amanhã, porque havia a certeza que "tinha a vida inteira pela frente".
Um momento em que eu acreditava que tinha o mundo aos meus pés. Ou seria o contrário?
Foi então que nessa saudade veio à galope um sentimento melancólico, mas bom (apesar de melancólico), de um amor relâmpago que tive e, que, recentemente ao reencontrá-lo, apesar da idade e do tempo, continua sendo um menino. Alguém que nesse passado, eu vi subir em um palco, dançar sensualmente e cantar suavemente. Lembro-me como se fosse hoje da roupa que ele usava (uma calça de couro preta e uma camisa branca de mangas longas com os punhos apertos). Lindo!
Fiquei prestando atenção na letra e no balanço daquele corpo perfeito, que me enlouqueceu durante muito tempo. Fecho os olhos e me lembro daquele jeito que embriagava a todos. Depois de alguns bons anos, eu tive o prazer de reencontrá-lo por motivos profissionais. E foi mágico. Porque continuamos a nos falar, quando essa nova vida permite.
Sempre que nos falamos, lembramos desses momentos das aventuras, das loucuras, da insensatez (isso para quem não gosta de viver) e de momentos de puro êxtase que aquela época nos proporcionou.
Uma época em que a única coisa que nos importava era entrar em um carro, ligar o rádio (colocar uma fita - não tinha CD), e sermos passageiros para rodar sem parar. E assim a noite suava tão bem. Me lembro quando ele olhava e dizia: "entre no meu carro e vamos rodar sem parar". E assim acontecia e cantávamos "lá, lá, lá, lá, lá". Viver! Essa era a nossa meta. Apenas essa. Experimentar tudo que o universo nos oferecia, com a cabeça leve. Porque acreditávamos que tudo havia sido feito para nós e aí rodávamos para ver o que era nosso.
Naquele momento, a vida parecia certa, sem obstáculos e sem fronteiras.
Eu ainda gosto de pensar assim, apesar das obrigações do dia a dia nos lembrar que estamos errados. Mas procuro sempre viver daquela maneira, principalmente após eu ter me livrado de algo que aceitei por acreditar que precisava me "encaixar" nesse outro mundo hipócrita que me colocaram à frente.
E hoje, a sensação que tenho é que eu nunca disse adeus  a esse menino! E com certeza que aquela noite em que conheci esse Peter Pan eu jamais vou esquecer. Eu passava mal e esse menino ria.... achava que eu era engraçada, divertida e abria a janela do carro e eu, loucamente, colocava a cabeça pra fora e sentia o vento, vento.. Agora, me lembro, que eu nunca disse adeus. Que bom!
E assim a vida foi seguindo e pra sempre vou lembrar dos meus primeiros erros e fico muito feliz em saber que eles existiram, e mesmo que de vez em quando chova sobre eles, TODOS VALERAM A PENA.
Porque viver é uma grande aventura, sempre!



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