segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Vida em verso, prosa e música



Vou me permitir viver aventuras,
desventuras e desassossegos...
como a Carmen, de Bizet.
Ser um dia santa, noutro louca,
mas nunca inquisitora.
Não vou me podar, nem me policiar...
Quero viver cada minuto como se fosse o último
ou o primeiro.


E que cada dia seja um conto
e não mais um capítulo de um livro que parece não ter fim.
Protagonizar histórias com começo, meio
e, quando possível, um belo fim...
mas jamais inacabadas.
Um dia ser uma personagem inquieta de Clarice Lispector.
Noutro uma fortaleza de Érico Verissimo...
mas nunca uma pobre menina pobre de Jorge Amado.
Quero ser musa de Dalí... ou Almodovar...
Ou ser um belo poema de Pessoa, ele mesmo...
Ter os meus pés descritos por Neruda.
E ao fechar os meus olhos,
sentir saudades de alguém especial
ao passear pelos canteiros de Cecília Meireles.
Numa tarde fria de domingo me surpreender em um espelho
de Quintana,
mas por me ver mais jovem e bela
e nunca mais velha.
E por fim, quero ser agraciada com todos os desejos de Victor Hugo...
E assim viver sempre em uma festa
como em um vídeo clip moderno: livre, sem conceitos ou pré conceitos ...

(escrito em 2/2/2009)

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