quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Fui ali ser feliz e já volto!

O Rio de Janeiro me inspira!
Como fui (sou) feliz no Rio de Janeiro!
Saudades dos corredores da UFRJ!
Dos encontros com pessoas que te olham nos olhos sem medo,
que dizem o que sentem sem medo do amanhã!
Pessoas que te ouvem de verdade e que aceitam o seu "dizer" sem medo!
Saudades de ser uma inspiração!
Saudades da vista da janela do quarto do 12º andar no Bairro das Laranjeiras!
Das noites quentes na varanda e do arrepio frio.
Um truque do desejo!
Saudades do banho de chuva e do calor na minha pele.
Outro truque do desejo!


Saudades de me sentar na Pedra do Arpoador e assistir o encontro do sol com as águas e ficar ali, em silêncio, com a certeza que a noite saberá que um dia foi pouco e sussurrar baixinho:
"Cuida bem de mim e misture tudo dentro de nós"
Saudades de nunca me sentir só!
Saudades de entender a solitude ao caminhar pela Lagoa!
Saudades das longas discussões sobre filosofia nos bares da Lapa,
quando frases e pensamentos de Heidegger, Nietzsche, Descarte se misturavam e eram interrompidos quando alguém dizia (às vezes, gritava): "Penso, logo existo", e eu, do outro lado, retrucava:
"Existo, logo penso".
O perfeito e quase impossível encaixe do cartesiano com o nietzschiano,
em meio a definições perdidas nas longas rodas de samba e chorinho.
Saudades dos pensamentos que voam ao encontro de outros pensamentos no Calçadão de Copacabana ao dividir um sorvete de chocolate!
Saudades de um abraço que despertava coisas que nunca soube explicar.
Coisas que só quem vai fundo na emoção sente!
... saudades é bom!
Hoje os meus olhos e coração estão em outro canto!
Mas sempre serei feliz no Rio de Janeiro!

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