sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O mundo é dos antenados? Vamos pensar melhor!

Não sei se gosto do avanço tecnológico em geral. Sei da sua importância para a saúde, para a economia e, principalmente, para a comunicação, minha área. Mas esse avanço criou, também, uma nova forma de relação. Uma nova forma das pessoas interagirem, que está cada vez mais artificial e tem como cenário principal o medo de se expor e de se expressar verdadeiramente.
De opinar, contrário à maioria!

É isso mesmo! Ou vocês acreditam 100% nos perfis publicados nas Redes Sociais?
Lembrem-se: a telinha aceita tudo. Criam-se verdadeiros herois e personagens perfeitos que deixariam os grandes romancistas com uma profunda crise de criatividade, porque nem eles foram capazes de desenharem herois tão incríveis.



Hoje, ninguém confia em ninguém. O afastamento entre as pessoas é tal que há aqueles que só se falam por emails, torpedos, twitter ou facebook. Até o telefone foi abolido. Todos se protegem. Todos se escondem. Há uma luta constante entre todos. As pessoas competem em tudo e participam de corridas que, sinceramente, não entendo.Atualmente, sinônimo de status é o número elevado de seguidores nas Redes. Eu pergunto: quantas dessas pessoas se conhecem pessoalmente ou lhe interessam por algum motivos verdadeiro?

Usam um dos meios comunicação que poderia ser o mais fantástico, se fosse bem utilizado, para magoar o outro com tanta facilidade para se proteger que, dessa forma, transforma o outro em algo inanimado, sem sentimento. Sendo assim, é muito mais tranquilo e conveniente se ocultar e a todo momento comentar assuntos fúteis, que mascaram a discussão de problemas que merecem a nossa atenção.

Somos verdadeiros robôs e seguimos a maioria. Perdemos a identidade. Exemplo disso são os dois assuntos mais comentados da semana: o caso do suposto estupro no BBB 12 e um viral que tornou uma desconhecida em celebridade em minutos: a Luiza, que foi para o Canadá.

Vejam bem, não sou contra a Internet e a velocidade da comunicação que ela nos trouxe, mas usá-la com inteligência seria muito mais proveitoso para todos.
Nesse novo mundo, se expressar, ter sentimentos, se sentir ferido e não ter vergonha de dizer é sinônimo de loucura e não de autenticidade. Nesse " mundo ideal", o correto é se esconder e criar uma muralha em torno de si para que todos pensem que somos centrados, equilibrados e controladores de nossas vidas. E o pior: pertencente a esse mundo.

Eu não sei se quero viver em um mundo assim! Em um mundo que tenho que me proteger constantemente e seguir a maioria, sem pensar, sem colocar "na mesa de discussão" assuntos que realmente mereceriam nossa atenção, só porque não "farei parte de uma tribo". A tribo dos "antenados".

Não vamos vulgarizar a Internet e toda a tecnologia!
Vamos usá-las com inteligência em prol, realmente, do progresso intelectual, financeiro e da qualidade de vida para todos nós!

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