domingo, 7 de junho de 2009

O tempo


O tempo tem sido assunto constante na minha vida, nos últimos dias. Assunto frequentemente debatido nas aulas de filosofia, com Santo Agostinho, Kant, Wittgenstein, enfim grandes pensadores. E diante de tanto 'tempo', um querido amigo da filosofia me enviou a letra de uma bela música - Resposta ao Tempo (vídeo anexado) - que me fez pensar sobre como eu lido com o tempo.

E tenho que confessar que lido muito mal... Transformei o tempo em um inimigo, quando, na verdade, ele deveria ser um grande aliado. Fico presa a datas, períodos e, assim, transformo o tempo no meu maior inimigo. Porque o transformei em algo mensurável, e o tempo é muito mais do que isso.



Fiquei durante um ano e um pouco mais lembrando a data que um grande amor se foi sem muita explicação... E comecei uma corrida contra o tempo, tentando insanamente encontrar outro alguém em um tempo recorde, sem muito analisar a importância de um tempo comigo.. Até me apaixonei por alguém, porque, no fundo, sabia que seria apenas contemplação, afinal, eu sabia que o assustava e esse alguém jamais teria coragem de se envolver comigo. E, assim, eu me dei esse tempo valioso, mesmo sem saber.

E o tempo pequeno e cronológico passou... e só agora percebi que depois de parar de ficar marcando os dias em um calendário amarelado, houve um reencontro... e nele, foi possível entender que o tempo não existe quando o assunto é sentimento... pelo menos o tempo cronológico.

O tempo que existe entre dois corações ligados por uma sintonia que não se explica é aquele que ajeita as coisas... coloca as ideias e sentimentos em seus devidos lugares...esclarece dúvidas, apaga medos e reforça uma nova forma de bem-querer.

E hoje, quero viver o agora, sem me preocupar com o passado e muito menos com o futuro. Esse então jamais chegará.

Quero transformar o tempo em meu grande aliado e transformá-lo em algo sagrado para o meu entendimento, minha relação com esse grande amor e outros que virão e, principalmente, minha relação com a vida.

O tempo é agora!


(escrito em 7/6/2009)

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