"Cada homem deve inventar o seu caminho" (Jean-Paul Sartre) |
Mas nesse meu novo post, achei interessante analisar melhor o porquê essa "verdade" acontece com certa frequência. Vários podem ser os motivos. Entre eles, destaco: o texto não condiz com a faixa etária ou momento de vida de quem o lê, portanto o leitor se dispersa e acaba assimilando apenas o que acredita entender; o texto é muito rebuscado e, cá entre nós, às vezes, nem o autor entende após escrevê-lo; ou então, porque quem o lê não quer assimilar o fato implícito no texto. Melhor explicando: as questões ou conceitos apresentados mexem com o âmago do leitor, e esse não está preparado para enfrentar, embora no seu pré-consciente entenda perfeitamente o que o autor quis dizer. Porém, concordar com quem escreve exige uma reflexão que esse leitor não está disposto a fazer naquele momento. Até aí, eu acho interessante, afinal, cada ser humano tem que saber o seu exato momento de "virar a própria vida".
"Não me pergunte quem sou e não me diga para permanecer o mesmo" (Michel Foucault) |
"Tudo aquilo que não enfrentamos em vida acaba se tornando o nosso destino" Carl Jung, também definiu o pré-consciente. |
Por que estou contanto essa historinha?
Porque os meus dois mais recentes textos O amor romântico deve morrer para nascer o amor-verdade (26/5/2012) e Identidade, intimidade e o beijo (1/6/2012) causaram muitos comentários; 99,99% positivos, alguns até enviaram os textos aos seus amigos, o que agradeço muito. Mas eu tive um leitor que realmente fez um reboliço sem propósito e que eu achei interessante escrever sobre, para melhor explicar a todos que me perguntam sobre a minha constante afirmação mencionada no começo desse post.
Escrever é uma arte, mas entender a essência de um texto e aceitá-lo, mesmo quando não concordamos com o mesmo, é sabedoria.
Em outro post publicado aqui em 23 de novembro de 2008 (O ato de escrever), eu desenrolo o texto a partir de uma citação de Jean-Paul Sartre, que dizia que "escrever é um ato solitário". E acrescentei:
" É a mais pura verdade e, talvez, um dos atos mais solitários que praticamos. Uma solidão maravilhosa. Um momento para nos conhecer. Um momento único da própria contemplação. Escrever é o melhor exercício que a mente desenvolve. É a 'tangibilização' dos pensamentos. É o reflexo do nosso espelho interior."
"Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue a sua alegria, a sua paz, a sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém" (Aristóteles) |
Mas esses leitores inconformados com as nossas colocações, com certeza, são mais importantes do que os que nos enaltecem (claro que adoro todos que me elogiam, afinal, eu sou humana, demasiada humana). No então, são os leitores que não concordam e que se setem ofendidos, que nos provam que estamos no caminho certo, ou seja, remexendo com conceitos cravados neles que deveriam ser revolucionados.
Infelizmente, a grande maioria permanecerá preso aos velhos conceitos que os tornam tão previsíveis, mas mesmo assim, me animo cada vez mais a continuar a expor as minhas ideias, e espero que muitos leitores sejam como esse, afinal qual é mesmo o objetivo de expressar pensamentos?
"E viva a liberdade de expressão!
E viva a liberdade de podermos contar nossas verdades!
E viva a libertação que o ato de escrever nos proporciona!
Apesar de toda a limitação da linguagem, o ato de escrever ainda é uma tentativa de superação!" (O Ato de Escrever)
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